terça-feira, 9 de junho de 2009

A dança do tempo, o ciclo das estações



Sábado foi dia de ir às cerejas.

Gestos remotos de Maio anualmente repetidos em renovada e perpétua tarefa - como quem colecciona finais de frases para as retomar mais tarde. Imagens em trânsito que regressam incessantes, reiteradamente. Fragmentos de pessoas, rostos, silhuetas. Chegam dos lugares da escola, do liceu, da juventude, de mais longe ainda, da infância… Rastos de outrora no limiar de metamorfoses por vir. Trajectórias de vagabundagens e aventuras no tempo em que colhíamos outros frutos …

Por isso, sábado foi dia de ir às cerejas - como quem trepa a uma pitangueira e colhe maboques com aroma de goiabas e sabor a loengos…

Maria Alice Pinho da Silva

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